quarta-feira, 22 de julho de 2009

Assinado Eu

A Universidade de férias não fica vazia, ainda pulsa em seus corredores algumas pessoas que vão com sorrisos em sua maioria, pois não se trabalha por notas ou por obrigação nesta época e todos que lá habitam não o fazem por sobrevivência já que poderiam ter outros empregos, muitos com melhor remuneração.
Lá é um tanto quanto uma utopia nas férias e apesar da nossa relação difícil ultimamente estamos em trégua, ela me recebendo de volta sem mágoas e eu tocado por sua beleza e cantos à mostra agora, mas negligenciados pela maioria nas épocas mais difíceis.
Choveu e por isso passei mais tempo com ela, em meus lugares favoritos, no banco que aprendi a gostar, embaixo da trepadeira de flores rosas que se tornam vermelhas quando queimadas por alguns dias de sol.
Talvez nos vejamos apenas por alguns dias, mas talvez nosso relacionamento ainda dure, talvez anos.

“Mas em toda história é nossa obrigação saber seguir enfrente seja lá qual direção, eu sei.”
--KJ

Isso sim é letra!!!

Eu quero dizer letra de música.
Tudo começou, pelo menos hoje, quando pensei em fazer uma set list para um projeto pessoal. Deparei-me com algumas letras que me deixaram pensativo. A primeira foi Masters of War de Bob Dylan, para facilitar a sua vida, e para eu deleitar a letra mais uma vez, segue a letra abaixo:

Come you masters of war
You that build the big guns
You that build the death planes
You that build all the bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks

You that never done nothin'
But build to destroy
You play with my world
Like it's your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly

Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain

You fasten the triggers
For the others to fire
Then you set back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
As young people's blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud

You've thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain't worth the blood
That runs in your veins

How much do I know
To talk out of turn
You might say that I'm young
You might say I'm unlearned
But there's one thing I know
Though I'm younger than you
Even Jesus would never
Forgive what you do

Let me ask you one question
Is your money that good
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul

And I hope that you die
And your death'll come soon
I will follow your casket
In the pale afternoon
And I'll watch while you're lowered
Down to your deathbed
And I'll stand o'er your grave
'Til I'm sure that you're dead

Músicas boas são timeless, como esta acima, de 1963. Era verdade naquele presente assim como hoje. Essa música me fez lembrar do filme ... qual o nome mesmo?.... Território Restrito, em especial a história da mulçumana de 15 anos que foi deportada dos Estados Unidos por apresentar para a classe um trabalho de casa no qual, supostamente, ela apoiava a ação tomada no dia 11/09 e seria uma possível suicida da causa islâmica.

Timeless de fato a música de Dylan, não só esta claro, muitas outras. Entretanto, nem todas as músicas são de impacto global, outras são de impacto pessoal. Estou me referindo a Guaranteed do Eddie Vadder, cuja letra também passo para vocês:

On bended knee is no way to be free
Lifting up an empty cup, I ask silently
All my destinations will accept the one that's me
So I can breathe...

Circles they grow and they swallow people whole
Half their lives they say goodnight to wives they'll never know
A mind full of questions, and a teacher in my soul
And so it goes...

Don't come closer or I'll have to go
Holding me like gravity are places that pull
If ever there was someone to keep me at home
It would be you...

Everyone I come across, in cages they bought
They think of me and my wandering, but I'm never what they thought
I've got my indignation, but I'm pure in all my thoughts
I'm alive...

Wind in my hair, I feel part of everywhere
Underneath my being is a road that disappeared
Late at night I hear the trees, they're singing with the dead
Overhead...

Leave it to me as I find a way to be
Consider me a satellite, forever orbiting
I knew all the rules, but the rules did not know me
Guaranteed.

Timeless, como toda boa música. Capturando a essência do filme em que "atuou" "Na Natureza Selvagem" ("Into the Wild").

Hoje ou amanha, seja a natureza predatória humana, ou seja a natureza individual introspectiva, certas coisas nunca mudam, para o bem da música, para o mal da humanidade.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fool me once, Shame on you.

- Alô

- Claro...

- 3 horas da manha e você está filosofando sobre o seu dia.

- Homens apaixonados é pior que mulher apaixonada, e as 3 da manhã, sabia que eu acordo em 3 horas para trabalhar?

- Novidade

-Claro, sem querer, uhum

- A gente sempre pode um pouco mais, desde que não se importe com o longo caminho da volta. , qual foi o trigger DESSA vez?

- Que pira, mas continue, sem graça... olhar nos olhos, e ai?

- Certo certo, melodrama, Maryll Streep com Clint Estwood, prossiga.

- Lógico, apaixonado... mas vem cá, você não tem credito no celular, você não tem linha fixa, da onde porra você esta me ligando as três horas da matina?

- Besteira de incomodar, vai se fuder, quando você incomodar eu desligo o telefone na sua cara. Isso me fez lembrar de Hamlet, "Pensar nos acovarda", muita pira a sua velho, e agora você esta pirando em me incomodar, porra, ... "pensar nos acovarda".

- Foi isso mesmo sim, você quem me disse, agora vai dormir.

- Pensar pensar, 3am, e depois de tudo, vai pensar, PENSAR... Até guri.

- Valeu é o caralho, são 3am.... .... e nada de e-mail dessa vez porra.

domingo, 19 de julho de 2009

Fool me twice, Shame on me.

- Meu Caro, fiz uma cagada...

- Não, não foi hoje, na verdade não é nem uma coisa só sabe. Você sabe que sempre tem aquele momento né? Aquele que agente pode se entregar, deixar-se envolver e se perder, se apaixonar, etc... Você está me entendendo? Eu sei que tem esse momento. O que fode é que eu estava distraído e daí quando fui ver já tinha passado outra vez manja?

- Na verdade não, foi faz um tempo já agora. Sim, tinha acontecido daquela vez e eu tinha meio que superado ela já. Como se não fosse o suficiente ter feito isso da primeira vez, mas aconteceu.

- É... Estou sim.

- Você sabe que eu sou um cara que me perco ás vezes não sabe? Estava com nossos camaradas conversando na boa. Você sabe que eu não faço de propósito, foi um pouco sem querer.

- Agente sempre acha que pode mais um pouco, que não tem problema e fica um pouquinho mais sentindo aquele cheirinho bom, escutando o som daquelas asas e vai se perdendo.

- Acho que começa comigo olhando para os olhos. – Eu não olho muito para os olhos das pessoas, não fixamente sabe? – Depois vou ficando sem graça e quase sempre dá para superar e me conter por isso, com isso de ficar sem graça porque a outra pessoa também fica sem graça então a coisa meio que murcha não é mesmo?

- Mas lá quando eu ficava sem graça ia falar com os piás, sempre tinha essa desculpa e além de tudo nos outros dias que voltei lá ela me cumprimentou e foi como o amanhecer de ano novo.

- Ela brilha ás vezes, eu sei que você e os piás acham que ela é meio apática, mas eu te juro que vejo isso, e nessas horas eu acho que vou dar bandeira, que vou estragar tudo.

- Estou no orelhão aqui na frente do apartamento. Não estava conseguindo dormir, foi mal te incomodar com isso outra vez.

- Bem lembrado meu velho, “Pensar nos acovarda”, foi mais ou menos isso a fala.

- Boa... Vou descansar e pensar nela. Assim acovardo-me o suficiente para não fazer nada estúpido.

- Valeu. Amanhã agente se fala no MSN. Abraço.

--KJ

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Once upon a time

Estava no teatro do Dom Bosco em Campo Grande, cerca de duas semanas antes de me mudar quando ela fez uma pergunta desconcertante ao coordenador que tentava argumentar sobre um tema polêmico na época.
Lembro-me da sensação ao olhar para a fileira logo atrás.
Como quase todos no colégio tínhamos amigos em comum e foi fácil, até natural, encontrá-la na saída conversando com um bom amigo meu. (O nome dele começava com A. Talvez fosse Arnaldo.)
Andamos pelo mesmo caminho algumas quadras descobrindo que morávamos perto, depois fui ao seu apartamento, tinha um CD do Zeca Baleiro lá, tomamos tereré com limão lá em baixo.

Conversamos.

Gostaria de me lembrar o que conversei com a garota pela qual me apaixonei poucos dias antes de mudar de cidade. Ela me disse que se sentia segura comigo.
O que sentia era tristeza.
Nesse dia eu pensei em largar tudo, em ficar em Campo Grande e talvez prestar medicina ou quem sabe psicologia, mas eu sabia que estávamos acabados. Uma pessoa não pode abandonar seus sonhos e seus planos por outra, isto seria maldoso.
Alguns anos depois eu voltei a seu apartamento nas férias e perguntei por ela, seus familiares disseram que estava em outra cidade.

O nome dela é Índila, nunca soube o resto.

sábado, 27 de junho de 2009

Uma cigarro após o outro

O sol já raiou e a conversa não acabou. A melancólica lua já deixara o céu e a música depressiva ainda tocava, e por isso a conversa continuava. Os amigos tentavam esgotar o arsenal de assuntos sem sucesso. Mulheres, jogos, filmes, músicas, piras psicodélicas, frases desconexas. Uma frase qualquer sempre levava a um encadeamento de idéias sem fim.

O resultado 1: uma noite perdida, uma tristeza intumescida, um cinzeiro cheio.

O resultado 2: uma noite vivida, uma companhia compartilhada, um cinzeiro cheio.

O resultado 3: uma noite entristecida, uma companhia infinita, um cinzeiro cheio.

O resultado 4: uma noite inconclusiva, uma companhia reafirmada, um cinzeiro cheio.

Conclusão: O cinzeiro está sempre cheio...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Queria ir embora.

Tá muito calor pra ficar de conchinha, queria vestir minhas roupas e mandar essa mina embora... O quanto antes.
Um camarada certa vez me disse:
- Nossas camas deveriam ter botão de “Eject”!
Na hora eu só ri e achei uma notação curiosa. Agora tava meio rindo sozinho e procurando algum lugar pelo qual ela poderia ser ejetada enquanto ela falava alguma coisa que eu não tava prestando atenção... teto, janela talvez?
Não é que a garota não seja gostosa, ela é, e não ouve nada de errado, foi um ótimo sexo e mesmo se tivesse sido ruim, sexo ruim é melhor do que qualquer outra coisa, certo?
Adoro acordar garotas chupando-as, o problema é que eu durmo como um morto e sempre acordo tarde pra caralho, o que faz com que essa prática seja de difícil realização. Mas vai ser foda de dormir com essa mina aqui, mas antes dormir do que conversar mais com ela porque puta que o pariu, eu só beijei ela da primeira vez para evitar ter que escutar ela falar ainda mais.
Parece que ela está dormindo agora, como gostaria de ir embora... Que bosta que estou em casa.

--KJ