sexta-feira, 17 de julho de 2009

Once upon a time

Estava no teatro do Dom Bosco em Campo Grande, cerca de duas semanas antes de me mudar quando ela fez uma pergunta desconcertante ao coordenador que tentava argumentar sobre um tema polêmico na época.
Lembro-me da sensação ao olhar para a fileira logo atrás.
Como quase todos no colégio tínhamos amigos em comum e foi fácil, até natural, encontrá-la na saída conversando com um bom amigo meu. (O nome dele começava com A. Talvez fosse Arnaldo.)
Andamos pelo mesmo caminho algumas quadras descobrindo que morávamos perto, depois fui ao seu apartamento, tinha um CD do Zeca Baleiro lá, tomamos tereré com limão lá em baixo.

Conversamos.

Gostaria de me lembrar o que conversei com a garota pela qual me apaixonei poucos dias antes de mudar de cidade. Ela me disse que se sentia segura comigo.
O que sentia era tristeza.
Nesse dia eu pensei em largar tudo, em ficar em Campo Grande e talvez prestar medicina ou quem sabe psicologia, mas eu sabia que estávamos acabados. Uma pessoa não pode abandonar seus sonhos e seus planos por outra, isto seria maldoso.
Alguns anos depois eu voltei a seu apartamento nas férias e perguntei por ela, seus familiares disseram que estava em outra cidade.

O nome dela é Índila, nunca soube o resto.

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