terça-feira, 26 de agosto de 2008

Jogos e Vida.

Na Teoria dos Jogos existem vários tipos de resultados possíveis por existirem diversas formas de jogos. Várias definições nos arrebatam, soma zero, cooperativo, evolucionários, equilíbrio pareto eficiente, equilíbrio de Nash, dentre outros.

Há os que dizem que a vida é um jogo, que cada decisão é uma estratégia. Assim, quem entende a teoria dos jogos leva vantagem? Gostaria que a resposta fosse sim, mas... mas entender as implicações de cada decisão, aceitar os riscos, esperar as respostas dos outros agentes, nada disso importa no jogo da vida real.

Na melhor das hipóteses aceitamos a "estratégia dominante" quando uma de fato existe. Normalmente esta estratégia acontece segundos depois de você pensar "que diferença faz" ou "pelo menos sei que vou fazer a minha parte" ou, na definição da estratégia, "isto é o melhor que posso fazer independente de todo o resto", o problema é quando "o resto" toma a pior decisão possível para você, apesar de saber o resultado desta possibilidade, não há nada a fazer, você fez o seu melhor.

Como em qualquer jogo, não da para ganhar sempre. Com a vida não é diferente, tanto nas grandes batalhas quanto nas pequenas diárias. Contudo, isso tudo você já sabia, foi só para lembrar, e continuando o que você já sabe, o importante é não parar de jogar, afinal, quem sabe o prêmio do próximo jogo que você vai ganhar, não é mesmo?

Finalizando, juntando o titulo de duas musicas, e só para explicar, apesar de não dever explicações, este é o motivo deste textinho: For "All the Things that I've Done" I'm "Waiting for the World to Change". Apesar de parecer negativo, bom, depende, e lhe digo que não é. :D

domingo, 24 de agosto de 2008

Memórias

De tanto esperar a imperfeição perfeita, o sorriso mágico, o olhar maroto, o toque gentil ou doce gosto, esquecemos. Depois de cada um, seja na ordem, na desordem ou em diferentes segundos, passou. Depois de viver parece que não vivemos, procuramos.

Esquecemos que a repetição exata é melhor que a repetição diferente, esquecemos que ter o mesmo verdadeiro para sempre, é melhor que o diferente verdadeiro do presente. Escolhemos sem razão uma saída, uma fuga ou uma ilusão, para onde o destino não esta escrito, nem o começo definido.

Esquecemos que o verdadeiro para sempre não tem final definido, que tem mais surpresas que o desconhecido, mais gostosas e saborosas, mais doces e desafiadoras. É na escolha do para sempre ou do presente estridente que fazemos da vida laboratórios de gente, mas não é deprimente.

Deprimente seria não procurar a perfeita imperfeição, seja agora diferente ou igual para sempre. Deprimente seria procurar o diferente pelo medo presente, esquecer de você e de alguém, para lembrar de outro alguém e você.

Por isso esqueça, desde que não seja deprimente, por ser isso você, você e alguém, agora ou amanhã, de verdade para a vida, ou de verdade para amanhã. De mentiras bastam as imperfeições perfeitas dos olhos de verão, da pele de inverno, dos cabelos do outono ou dos brotos da primavera.

Por isso lembre, desde que seja para sempre, por isso ser você, você e você, de agora e de sempre. De verdade então tudo o mais, as juras de hospital, os desejos de travesseiro, as promessas de espelho ou o cantar no chuveiro.

De verdade ou de mentira, para lembrar ou esquecer, de você ou de alguém, não se esqueça de lembrar, que tudo na vida fica com a gente, para sempre.