sábado, 27 de junho de 2009

Uma cigarro após o outro

O sol já raiou e a conversa não acabou. A melancólica lua já deixara o céu e a música depressiva ainda tocava, e por isso a conversa continuava. Os amigos tentavam esgotar o arsenal de assuntos sem sucesso. Mulheres, jogos, filmes, músicas, piras psicodélicas, frases desconexas. Uma frase qualquer sempre levava a um encadeamento de idéias sem fim.

O resultado 1: uma noite perdida, uma tristeza intumescida, um cinzeiro cheio.

O resultado 2: uma noite vivida, uma companhia compartilhada, um cinzeiro cheio.

O resultado 3: uma noite entristecida, uma companhia infinita, um cinzeiro cheio.

O resultado 4: uma noite inconclusiva, uma companhia reafirmada, um cinzeiro cheio.

Conclusão: O cinzeiro está sempre cheio...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Queria ir embora.

Tá muito calor pra ficar de conchinha, queria vestir minhas roupas e mandar essa mina embora... O quanto antes.
Um camarada certa vez me disse:
- Nossas camas deveriam ter botão de “Eject”!
Na hora eu só ri e achei uma notação curiosa. Agora tava meio rindo sozinho e procurando algum lugar pelo qual ela poderia ser ejetada enquanto ela falava alguma coisa que eu não tava prestando atenção... teto, janela talvez?
Não é que a garota não seja gostosa, ela é, e não ouve nada de errado, foi um ótimo sexo e mesmo se tivesse sido ruim, sexo ruim é melhor do que qualquer outra coisa, certo?
Adoro acordar garotas chupando-as, o problema é que eu durmo como um morto e sempre acordo tarde pra caralho, o que faz com que essa prática seja de difícil realização. Mas vai ser foda de dormir com essa mina aqui, mas antes dormir do que conversar mais com ela porque puta que o pariu, eu só beijei ela da primeira vez para evitar ter que escutar ela falar ainda mais.
Parece que ela está dormindo agora, como gostaria de ir embora... Que bosta que estou em casa.

--KJ

Um Almoço no Shopping

“Está decidido” – pensei 5 segundos após acordar. Eu deveria ter aprendido que decisões tomadas 5 segundos após acordar nunca são boas, mas já estava decidido. Me arrumei rapidinho, sem muitos cuidados, afinal iria almoçar no shopping e já voltar para escrever no blog, ledo engano.

Fui andando de cabeça baixa pela rua, não por falta de confiança ou baixa auto-estima, estava pensativo e meus pés pareciam precisar de atenção especial, pensei na vida, claro, como todo mundo, pensei que estava solteiro, e que bem me faria uma namorada. Pensei também no que escrever no blog, mas essa parte não é importante, a da namorada/mulher é importante.

Cheguei a praça de alimentação, e já sabia que iria comer algum tipo de sanduíche, mas vamos pular essa parte. Depois de comer, enquanto ainda terminava de tomar o meu suco, olhei uma linda mulher comendo a “famosa” saladinha. Abaixei a cabeça por um segundo, dessa vez era a auto-estima, mas foi breve o momento, logo pensei que eu deveria ir falar com ela e somente iria esperar para receber algum olhar desapercebido.

Ela me olhou por 2 segundos e foi o suficiente para tentar alguma coisa, lancei-me. Levantei da mesa resoluto, andei a passos largos, pensando ... como diz a música do The Frames... na “Perfect Opening Line”. Conclui que um simples “oi” seria um ótimo começo.

“Oi” – disse eu sorridente e segurando uma cadeira da mesa dela.

“Oi” – disse ela.

“Posso me sentar por um instante?” – Apreensivo

“Pode, claro” – disse ela

- pausa eterna – na verdade dois segundos só.

Quando abri a boca para falar, ela quebra o silêncio primeiro – “Com licença” – levanta e sai.

Voltei para casa.

Just another clusterfuck of thoughts

It past by me fast, twenty-eight years, like a blink of an eye: adulthood. Like I haven’t enjoyed life and all that melodramatic bullshit. That’s right, melodramatic bullshit, because you have to think of everything you did and or not did, sum everything up and recognize that final number is positive, it always is, don’t fight against the pure and undeniable number.


Now I fell like every time I was felling blue was for lack of perspective, was for misjudgment, but that’s melodramatic bullshit as well. It’s just life as it is, it’s just a negative number in your equation, but always remember to add those rational numbers up and accepted that your life is better than you think.

I’m giving up of felling sorry for myself, of misjudging periods of time, for now on I will accept that the equation’s result is always positive and live each day in a way to improve this result, accepting any punctual outcome life may throw at me as a deviation of the central point, as should you do as well.